Grandioso comício
da candidatura de Edgar Silva em Lisboa

A força de Abril<br>para derrotar a direita

Edgar Silva ar­rancou para a der­ra­deira se­mana de cam­panha na má­xima força após o gran­dioso co­mício re­a­li­zado do­mingo, 17, no Centro de Con­gressos de Lisboa.

Quanto mais votos tiver Edgar Silva menos hi­pó­teses tem Mar­celo de vencer

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Na­quela que foi se­gu­ra­mente a maior acção de qual­quer can­di­da­tura nesta cam­panha elei­toral, cerca de seis mil pes­soas ou­viram Edgar Silva lançar um ve­e­mente apelo ao voto na sua can­di­da­tura – a «can­di­da­tura do povo, da força do tra­balho, por­ta­dora da con­fi­ança e da força da es­pe­rança», su­bli­nhou –, de­pois de rei­terar um con­junto de nove com­pro­missos re­la­tivos ao de­sem­penho da função pre­si­den­cial que, afi­ançou, lhe con­ferem um ca­rácter dis­tin­tivo de todas as ou­tras e que a tornam no «con­tri­buto mais só­lido e co­e­rente para ga­rantir a der­rota do can­di­dato do PSD e do CDS».

«Nada está de­ci­dido. É pos­sível der­rotar Mar­celo Re­belo de Sousa. É pre­ciso mo­bi­lizar para que a der­rota seja ga­ran­tida», pro­clamou Edgar Silva na úl­tima in­ter­venção da tarde, ga­ran­tindo sob fortes aplausos que «está nas nossas mãos, está ao nosso al­cance der­rotar o in­tento da di­reita».

Porque «em de­mo­cracia o voto é do povo», e só a este cabe «dizer quem será o pró­ximo Pre­si­dente da Re­pú­blica», in­sistiu, antes de for­mular esse «úl­timo apelo» para que «nin­guém se de­mita da ta­refa» que é ir votar no dia 24. Ta­refa que sendo fun­da­mental, não chega. «É pre­ciso mais», pros­se­guiu, de­fen­dendo que há que agir com «ou­sadia» e «atre­vi­mento» junto do vi­zinho, do com­pa­nheiro de tra­balho, «ir à con­versa», para mo­bi­lizar e es­cla­recer», para que a «mu­dança possa acon­tecer».

Con­fi­ança

Es­cla­re­ci­mento e mo­bi­li­zação foi de resto o que não faltou neste vi­brante co­mício (a ver­dade é que só está ao al­cance de muito poucos en­cher um es­paço como aquele), pre­si­dido pelo man­da­tário da can­di­da­tura, José Er­nesto Car­taxo, num am­bi­ente de grande en­tu­si­asmo e con­fi­ança.

Essa tó­nica fora de resto dada logo na fase ini­cial dos tra­ba­lhos com a en­trada con­junta, pelo cor­redor cen­tral da­quele imenso es­paço, em at­mos­fera de ver­da­deira apo­teose, de Edgar Silva e Je­ró­nimo de Sousa. Logo ali, entre um mar agi­tado de ban­deiras na­ci­o­nais e da can­di­da­tura, com pre­do­mínio ab­so­luto das cores verde e rubra, mul­ti­pli­caram-se os abraços e cum­pri­mentos, tendo por pano de fundo o pu­jante in­cen­tivo das mi­lhares de vozes que em coro gri­tavam «Edgar avança, com toda a con­fi­ança», «Abril pre­sente, Edgar a Pre­si­dente».

Com os ex­plo­rados

Pa­la­vras de ordem que se re­pe­tiram em vá­rios mo­mentos, ao longo das cerca de duas horas e meia que durou a jor­nada, e que ga­nharam uma ex­pressão e emo­ti­vi­dade ainda mai­ores no final da pro­jecção de um vídeo cen­trado em Edgar Silva, no seu per­curso de vida, na sua li­gação à re­a­li­dade ma­dei­rense, no tra­balho junto dos mais po­bres, em par­ti­cular das cri­anças ví­timas de abusos se­xuais.

Antes, a can­tora de Jazz Maria Anadon, que apre­sentou con­jun­ta­mente com o mú­sico Tiago Santos a pri­meira parte da ini­ci­a­tiva, cha­mara já ao palco o «Quin­teto 5 Ca­mi­nhos», for­mação de Vila Franca de Xira que en­cantou a pla­teia pela qua­li­dade dos seus exe­cu­tantes e pelas ver­sões pes­soais de temas in­tem­po­rais de cri­a­dores como Ary dos Santos e Zeca Afonso.

De­pois, foi a vez de chamar José Er­nesto Car­taxo, que, di­ri­gindo o co­mício, con­vidou para a mesa as co­mis­sões de apoio à can­di­da­tura, os man­da­tá­rios re­gi­o­nais, De­o­linda Ma­chado, João Cor­re­gedor da Fon­seca, da ID, Ma­nuela Cunha, do Par­tido Eco­lo­gista «Os Verdes», os mem­bros da Co­missão Po­lí­tica e do Se­cre­ta­riado do CC do PCP e, por fim, Edgar Silva e Je­ró­nimo de Sousa.

Es­forço final

E coube ao Se­cre­tário-geral do PCP pro­ta­go­nizar outro dos pontos altos deste co­mício. Pe­rante a imensa pla­teia que en­chia a nave cen­tral da an­tiga FIL – «im­pres­si­o­nante mol­dura hu­mana», assim lhe chamou e de quem ar­rancou fortes aplausos em vá­rias pas­sa­gens da sua in­ter­venção –, Je­ró­nimo de Sousa va­lo­rizou a «grande cam­panha» de Edgar Silva, chamou a atenção para o «es­forço final» que im­porta fazer para «am­pliar o apoio» em torno da­quela que é uma «can­di­da­tura sin­gular», que «se bate como ne­nhuma outra pela rup­tura», que tem um «pa­tri­mónio de in­ter­venção em de­fesa dos in­te­resses dos tra­ba­lha­dores e do povo», «sem com­pro­me­ti­mentos ou cum­pli­ci­dades com as po­lí­ticas de di­reita», que se «afirma pelo seu pro­jecto».

Re­al­çada pelo líder co­mu­nista foi ainda a di­mensão hu­ma­nista e o per­curso de vida de Edgar Silva – per­curso de so­li­da­ri­e­dade com os mais po­bres, de com­bate às causas que estão na origem da po­breza –, a can­di­da­tura de «um homem justo para pre­si­dente» que con­trasta em ab­so­luto com a can­di­da­tura de Mar­celo Re­belo de Sousa (MRS), o «re­pre­sen­tante da mesma po­lí­tica que há anos conduz o País para o atraso e para a crise».

E por isso Je­ró­nimo de Sousa con­si­derou que «mos­trar sem ma­qui­lhagem e sem as ca­mu­fla­gens o que re­al­mente é e sig­ni­fica MRS con­tinua a ser um im­pe­ra­tivo de todos aqueles que querem um Por­tugal afas­tado do pro­jecto de ex­plo­ração e em­po­bre­ci­mento pro­ta­go­ni­zados por PSD e CDS».

Pela mu­dança

Essa é a grande ba­talha que está co­lo­cada por estes dias, ou seja, «im­pedir que o can­di­dato da di­reita ob­tenha uma mai­oria ab­so­luta na pri­meira volta». E para isso, en­fa­tizou, «não se pode perder um voto». Porque, ex­plicou, «quanto mais votos tiver a can­di­da­tura de Edgar Silva, menos hi­pó­teses tem MRS de vencer e mais se re­força e ganha força o amplo mo­vi­mento de de­mo­cratas e pa­tri­otas que lutam por uma ver­da­deira mu­dança capaz de ga­rantir o pro­gresso e o de­sen­vol­vi­mento do País».

Antes, a jovem Be­a­triz Tadeu abor­dara as di­fi­cul­dades com que os jo­vens se de­param no nosso País, pondo em evi­dência a im­por­tância de cum­prir e fazer cum­prir a Cons­ti­tuição. Ma­nuela Cunha, do PEV, de­pois de se deter no novo quadro par­la­mentar saído das le­gis­la­tivas de 2015 e do papel das forças que com­põem a CDU nessa vi­ragem, expôs as ra­zões do seu apoio à can­di­da­tura de Edgar Silva, enal­te­cendo as qua­li­dades do can­di­dato, de­sig­na­da­mente o seu per­curso e as causas pelas quais se tem ba­tido, como é por exemplo a luta «contra a de­gra­dação am­bi­ental na Ma­deira», «contra a de­ser­ti­fi­cação e as as­si­me­trias» na­quela re­gião au­tó­noma.

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Como foi linda essa Festa...

Em muitos dos ho­mens e mu­lheres que es­ti­veram pre­sentes no co­mício de do­mingo veio muito pro­va­vel­mente à me­mória esse acon­te­ci­mento ímpar que foi a pri­meira Festa do Avante!, re­a­li­zada na­quele mesmo es­paço faz este ano pre­ci­sa­mente quatro dé­cadas.

Foi então uma ini­ci­a­tiva de massas como nunca antes se vira, des­lum­brante, com um pro­grama que pela sua ri­queza e di­ver­si­dade cedo ga­nhou raízes no povo, trans­for­mando-se no maior evento po­lí­tico cul­tural do Por­tugal saído da Re­vo­lução do 25 de Abril.

E também então, tal como agora – em­bora sejam dis­tintos os con­textos po­lí­ticos –, havia no fun­da­mental dois campos opo­nentes: quem es­ti­vesse apos­tado em travar e fazer re­gredir as con­quistas de­mo­crá­ticas al­can­çadas pelo nosso povo e quem se em­pe­nhasse ar­du­a­mente na de­fesa destas. Um con­fronto com o mesmo con­teúdo de classe que é afinal idên­tico ao que se trava hoje entre aqueles que pro­cu­raram nos úl­timos anos levar até às úl­timas con­sequên­cias o seu pro­jecto de ex­plo­ração e em­po­bre­ci­mento – e que têm em Mar­celo Re­belo de Sousa o seu can­di­dato para operar a des­forra da der­rota que so­freram em Ou­tubro – e aqueles que se lhes opu­seram e re­sis­tiram e que – como faz a can­di­da­tura de Edgar Silva – se mantêm fiéis a esse le­gado de Abril, cor­po­rizam os seus va­lores e têm na Cons­ti­tuição o grande re­duto em de­fesa dos di­reitos e li­ber­dades dos tra­ba­lha­dores e do povo.

 



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